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As vespas, quando comparadas às abelhas, que produzem mel, não são muito bem vistas. Mas uma descoberta científica pode mudar nosso olhar sobre esses insetos.Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) descobriram que o veneno da vespa pode atacar células cancerosas sem atingir as células saudáveis. Essa pesquisa foi feita em parceria com a University of Leeds.
O veneno da vespa tem uma toxina chamada Polybia-MP1, que é produzida pela vespa Polybia paulista, conhecida como “paulistinha”. O estudo, publicado na revista Biophysical Journal , descreve como a toxina MP1 reage com moléculas de gordura existentes na membrana das células cancerosas. Desse modo, a toxina abre furos nas células, tornando-as mais permeáveis. De acordo com o pesquisador João Ruggiero Neto, da Unesp, esses buracos levam segundos para se formarem, permitindo que moléculas como RNA e outras proteínas escapem da célula, inutilizando-a.
Experimentos já demonstraram que a toxina pode inibir o crescimento de células de câncer de próstata, bexiga e leucemia, que se mostraram resistentes a outros tratamentos.
A descoberta é especial porque pode dar início a uma classe inteiramente nova de tratamento anticâncer, a partir do veneno desse inseto. Mais pesquisas serão feitas para utilizar essa descoberta para fins terapêuticos.
Fonte:Diário de Biologia (Karlla Patrícia)
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Agências das Nações Unidas se reuniram em 30 de junho para discutir formas de melhorar a reposta de longo prazo para as questões climáticas da região da América Central.
O El Niño tem tido um efeito "arrasador" no chamado "Corredor Seco" da região, onde uma das piores secas em décadas deixou 3,5 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, convocou a reunião junto com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola, Fida, e o Programa Mundial de Alimentos, PMA.
Segundo a FAO, o encontro debateu a "necessidade urgente de ação de longo prazo para abordar o impacto do El Niño, incluindo construção de resiliência para segurança alimentar e nutrição para as populações mais vulneráveis nos países afetados". A FAO mencionou ainda que o "objetivo deste encontro de alto nível é aumentar a conscientização e resposta a essa crise prolongada e recorrente". Outro propósito era “mobilizar a comunidade internacional para apoiar as ações de governos, agências da ONU e outros parceiros".
El Niño é o termo usado para descrever o aquecimento de águas do Pacífico que ocorre, em média, de cada três a sete anos.O fenômeno aumenta as temperaturas da superfície do mar e tem um impacto em sistemas climáticos ao redor do globo: alguns locais recebem mais chuvas; outros, nenhuma, frequentemente no oposto do padrão climático usual.
A FAO alertou que embora o El Niño, e sua contrapartida La Niña, ocorra de forma cíclica, nos últimos anos condições climáticas extremas associadas a estes fenômenos, como secas e enchentes, têm crescido em frequência e gravidade. Segundo a agência da ONU, isto estaria ocorrendo principalmente devido aos efeitos da mudança climática. Em El Salvador, Guatemala e Honduras, os países mais atingidos, aproximadamente 2,8 milhões de pessoas dependem de ajuda alimentar, de acordo com FAO.
Corredor Seco
A agência alertou ainda que a situação está colocando em risco os meios de subsistência de milhões de pequenos agricultores no chamado Corredor Seco. Muitos desses dependem fortemente da agricultura de subsistência.
O termo Corredor Seco define um grupo de ecossistemas na região de florestas tropicais secas na América Central, cobrindo terras baixas da área da costa do Pacífico e a maior parte da região central antes das montanhas de El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e partes da Costa Rica e do Panamá.
Ainda segundo a FAO, os riscos climáticos no Corredor Seco são representados principalmente por secas recorrentes, chuvas excessivas e fortes enchentes afetando a produção agrícola. Os impactos em áreas degradas têm maior intensidade.
Fonte: Rádio ONU
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