O encontro, articulado pelas RedesFito/Centro de Inovação em Biodiversidade e Saúde (CIBS)/Farmanguinhos/Fiocruz. Teve como objetivo fortalecer a organização interna das redes, articular agendas integradas e reafirmar nosso compromisso com a inovação em medicamentos da biodiversidade, a soberania sanitária e o desenvolvimento sustentável, a partir dos territórios. Contamos com a presença do presidente da Fiocruz, Mario Moreira, que nos provocou com um chamado claro: pensar além do que já fazemos, ampliar nosso impacto e colocar a inovação em prática para garantir acesso e saúde à população. Além disso, celebramos nossas raízes, completamos 18 anos de RedesFito, e foi um orgulho revisitar nossa trajetória — desde a institucionalização do Sistema Nacional das RedesFito por Farmanguinhos/Fiocruz, lá em 2010, até a consolidação dos 18 Arranjos EcoProdutivos Locais, que atuam em todos os biomas: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica e Pampa.

A fala do Dr. Glauco Villas Bôas, coordenador do CIBS, foi um lembrete poderoso da responsabilidade coletiva que carregamos: “Devemos assumir essa responsabilidade e pensar nos próximos passos que daremos para pôr em prática o que debatemos”. 

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Jefferson Pereira, nosso coordenador nacional, completou: “Precisamos nos reconhecer enquanto rede e pensar em um novo modelo de desenvolvimento que enfrente os desafios do momento”.

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Durante a programação, tivemos apresentações que enriqueceram nosso debate:

* Amanda Corrado (Ouro Preto/MG) falou sobre identidade e pertencimento, gestão de bens comuns e a relação entre o saber tradicional e o conhecimento científico.
* Dra. Adriana Trevesian (Santana do Livramento/RS) trouxe uma visão crítica sobre o modelo atual de inovação, destacando os Arranjos EcoProdutivos.
* Jackson Guedes destacou o potencial do Brasil na biodiversidade e os desafios para transformar pesquisas em fitomedicamentos acessíveis.
* Mariana Esteves (Cachoeiras de Macacu/RJ) falou sobre financiamentos e marcas coletivas, fundamentais para fortalecer iniciativas locais com identidade territorial. houve muitas outras falas importantes dos gestores, onde os núcleos se apresentaram, compartilharam suas experiências e falaram das dificuldades e conquistas vividas em suas regiões. Escutar cada história nos mostrou o quanto somos diversos, mas também o quanto estamos conectados por um propósito comum.

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Seguimos como RedesFito, com mais força, mais diálogo e com a certeza de que construir coletivamente é o caminho. Afinal, como bem disse uma participante: nada é nosso, tudo é comum.