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O Dr. Glauco Villas Bôas, Coordenador do Centro de Inovação em Biodiversidade e Saúde - CIBS / Farmanguinhos / Fiocruz participou do III iCEIS “Integrando Inovações na Saúde: Uma abordagem multicêntrica para o fortalecimento do SUS”, no painel do eixo I: Insumos e ativos para saúde.

Sua palestra “Marco regulatório e a produção de medicamentos da biodiversidade” proferida no dia 17 de fevereiro, no auditório da Universidade Federal de Pernambuco, focou na necessidade de uma Política Nacional de Inovação em Medicamentos da Biodiversidade para desenvolver então o debate sobre seu marco regulatório.

Na sua visão, medicamentos da biodiversidade são aqueles que se originam na diversidade genética, na diversidade de espécies e na diversidade de ecossistemas. Considera a partir desta definição que os mesmos correspondem a mais de 50% dos medicamentos consumidos no mundo, um mercado superior a meio trilhão de dólares. De acordo com o coordenador do CIBS a inovação em medicamentos da biodiversidade significa um novo caminho para produção de insumos e ativos para a saúde.

Uma nova política de inovação em medicamentos da biodiversidade no Brasil, terá de ser pautada em um programa nacional de bioprospecção, capaz de mapear a exuberância da nossa biodiversidade. Além disso, contribuirá novas definições relacionadas aos insumos farmacêuticos ativos, fármacos e medicamentos, não apenas da diversidade vegetal e animal, mas respeitando tudo o que envolve a diversidade de espécies e ecossistemas. O desenho desta política deve se basear em modelos organizacionais que promovam a integração entre a Academia, empresas e outras instituições, visando sua implantação através de estruturas público-privadas capazes de pavimentar todo caminho da inovação.

Evidentemente o marco regulatório desta nova política só pode ser plenamente elaborado a partir da implantação da política nacional de inovação em medicamentos da biodiversidade. Devendo conferir a qualidade a segurança e a eficácia dos medicamentos da biodiversidade. O novo marco regulatório visará a proteção do nosso patrimônio genético, da soberania sobre o mesmo, para garantir a redução da dependência tecnológica e econômica do setor farmacêutico brasileiro.