A oficina foi realizada (27 e 28/11), na sede do Instituto Nacional do Semiárido (INSA) /MCTIC, como uma das etapas do Projeto Rota da Biodiversidade, uma parceria entre o Ministério da Integração Nacional /MI e da Fundação Oswaldo Cruz-Fiocruz/MS.  O Projeto Rota da Biodiversidade tem como objetivo a coordenação de ações públicas e privadas, da cadeia produtiva de plantas medicinais e fitomedicamentos através de projetos, que serão desenvolvidos, durante o ano de 2019, nos Arranjos Ecoprodutivos Locais (AEPLs) em cinco Polos selecionados nos Biomas: Amazônia, Caatinga, Mata Atlântica e Pantanal.

O projeto está direcionado aos AEPLs por considerar que nestes se concretiza o processo de desenvolvimento de medicamentos da biodiversidade, observando os aspectos ambientais, ecológicos, climáticos, sociais, históricos, geográficos e econômicos de cada Bioma. No Brasil  existem 16 Arranjos Ecoprodutivo Locais, atuando em parceria com as RedesFito, espalhados pelos seis biomas.

Durante a oficina foram discutidos pontos importantes para implantação da Rota de Biodiversidade no Polo Juá-Caatinga como: objetivos, metas, beneficiários, equipe do projeto, custos, datas, parceiros, patrocinadores e benefícios. Na oficina foram definidos o nome do Polo, a área de abrangência, o diagnostico local e a visão de futuro. Também foi elaborada a carteira de projetos e definido o comitê gestor (formado por organizações de produtores e instituições públicas e privadas associadas a cadeia produtiva), que norteará os trabalhos no AEPL.

O evento contou com a participação de representantes do Insa, Fiocruz-MS, Ministério do Meio Ambiente, Ministério da Integração Nacional, Articulação do Semiárido, Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, intuitos de pesquisa e comunidades tradicionais.

 

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 Farmanguinhos estabelece cooperação com Ministério da Integração Nacional para implantar Rotas da Biodiversidade

- As Rotas de Integração Nacional

 O fortalecimento dos Polos procura superar dificuldade nos subsistemas de insumos, pesquisa, produção, processamento, inovação e comercialização, além de buscar soluções relacionadas: ao financiamento, capital social, meio ambiente, infraestrutura e logística. O Rota da Biodiversidade visa à promoção da inclusão produtiva e a integração econômica das regiões menos desenvolvidas do país aos mercados nacionais e internacionais de produção, consumo e investimento.

A iniciativa das Rotas da Integração Nacional busca criar APLs, previamente identificados por meio da aproximação e do envolvimento de órgãos governamentais e atores relevantes para a realização de projetos de desenvolvimento local.

 

- Cooperação técnica entre Farmanguinhos/Fiocruz/MS e a SDR/MI

A Secretaria de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional buscou cooperação com Farmanguinhos através do Núcleo de Gestão em Biodiversidade e Saúde (NGBS) por este reunir o conhecimento técnico sobre a cadeia produtiva da Biodiversidade, além de Farmanguinhos ser a Unidade da Fiocruz com tradição de produção de medicamentos há mais de quarenta anos.

O MI resolveu reunir as experiências orientadas pelo NGBS nos AEPLs e a expertise da SDR/MI em organizar Arranjos Produtivos Locais - APLs, com a aplicação de metodologia própria, já testada em outros APLs de sucesso. Desta forma teve início a organização, mobilização e realização de oficinas da Rota da Biodiversidade em parceria com a Fiocruz/MS.

As Rotas da Integração Nacional buscam criar APLs, previamente identificados por meio da aproximação e do envolvimento de órgãos governamentais e atores relevantes. No caso da cadeia produtiva da Biodiversidade, este programa busca a produção e o desenvolvimento de fitomedicamentos. O órgão governamental identificado como relevante para estas ações foi a Fiocruz/MS, por meio da atuação das RedesFito, com escritório no Núcleo de Gestão em Biodiversidade e Saúde (NGBS) de Farmanguinhos/Fiocruz. O Instituto de Tecnologia em Fármacos-Farmanguinhos, tem a missão de atuar, como unidade técnico-científica da Fiocruz, na promoção da saúde pública, por meio da geração e difusão de conhecimentos, do ensino, da pesquisa, do desenvolvimento tecnológico e da produção de medicamentos.

Em cada bioma brasileiro, as RedesFito atuam orientando os AEPLs e seus grupos de trabalho (GTs), para que estes formulem projetos estruturantes, organizando a cadeia de desenvolvimento dos medicamentos da biodiversidade brasileira. A escolha de Arranjos Produtivos Locais – APLs na Amazônia, Caatinga, Mata Atlântica e Pantanal é justificada pela atuação das RedesFito nestes territórios, a fim de identificar, estruturar e mapear os AEPLs.  As RedesFito incorporaram o conceito de AEPL porque este engloba o componente ecológico, considerado importante para a cadeia de fitomedicamentos e plantas medicinais e para o funcionamento ecossistêmico e a conservação ambiental destes biomas.