Na abertura do Congresso (12/03- no Riocentro) o ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou a inclusão de dez novas Práticas Integrativas e Complementares para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Os tratamentos utilizam recursos terapêuticos, baseados em conhecimentos tradicionais, para prevenir e curar doenças, como depressão e hipertensão. Com as novas atividades o SUS agora oferece 29 procedimentos à população.
Segundo Ricardo Barros, há doze anos o ministério contemplava somente cinco práticas. O ministro afirmou que a incorporação das práticas integrativas é prioritária para não deixar que o país adoeça.
“Agora, o Brasil passa a contar com 29 práticas integrativas pelo SUS. Essas práticas são uma prevenção para que pessoas não fiquem doentes, não precisem de internação ou cirurgia, o que custa muito para o SUS. Vamos retomar nossas origens e dar valor à medicina tradicional milenar”, ressaltou Barros.
Atualmente o SUS oferece 14 atividades referentes às Práticas Integrativas. Estas estão presente em 9.350 unidades de saúde, em 3.173 municípios e 88% são oferecidas na Atenção Básica. Entre elas está a fitoterapia, que utiliza plantas medicinais para prevenir ou combater determinadas doenças.
A participação das RedesFito no evento
“O papel das RedesFito no desenvolvimento das políticas de promoção da fitoterapia do Ministério da Saúde” foi o tema de uma das mesas, realizadas (13/03) durante o evento. As RedesFito trabalham para auxiliar na organização da cadeia produtiva de medicamentos da biodiversidade, nos seis biomas brasileiros, a partir de Arranjos Locais (APLs). A apresentação teve como moderadora a editora executiva da Revista Fitos, Rosane Abreu.
Os palestrantes abordaram suas experiências nas RedesFito-Farmanguinhos/Fiocruz, como articuladores da cadeia produtiva de fitomedicamentos, na formação de APLs nos biomas: Mata Atlântica, Amazônia, Cerrado e Caatinga, visando a promoção da Fitoterapia, com apoio do Ministério da Saúde e de acordo com a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC) e da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF).
Participaram da mesa a coordenadora das RedseFito, Fabiana Frickmann e parceiros das Redes nos projetos realizados em Arranjos Produtivos Locais (APLs): Francine Campolim Moraes (AEPL Fito Itapeva) – Bioma Mata Atlântica; Cristina Ropke (Vice-Presidente da Câmara de Biotecnologia do Piauí) - Bioma Caatinga, Jaqueline Guimarães Carvalho (Secretaria Municipal de Saúde de Betim/MG) – Bioma Cerrado e Amanda Valverde (Secretaria Municipal de Saúde de Paty de Alferes/RJ) – Bioma Mata Atlântica.
As dez novas práticas integradas ao SUS:
Apiterapia – utiliza produtos produzidos pelas abelhas nas colmeias como a apitoxina, geléia real, pólen, própolis, mel e outros.
Aromaterapia – uso de concentrados voláteis retirados de vegetais, os óleos essenciais promovem bem-estar.
Bioenergética – adota a psicoterapia corporal e exercícios para liberar as tensões do corpo e facilita a expressão de sentimentos.
Constelação familiar – técnica de representação espacial das relações familiares que permite identificar bloqueios emocionais de gerações ou membros da família.
Cromoterapia – utiliza as cores nos tratamentos com o objetivo de harmonizar o corpo.
Geoterapia – uso da argila com água em ferimentos, cicatrização, lesões, doenças osteomusuculares.
Hipnoterapia – técnica que permite ao paciente alcançar um estado de consciência aumentado capaz de alterar comportamentos indesejados.
Imposição de mãos – trata pela imposição das mãos próximo ao corpo do paciente para transferência de energia. Causa bem-estar, diminui estresse e ansiedade.
Ozonioterapia – utiliza oxigênio e ozônio com finalidade terapêutica. Usado na odontologia, neurologia e oncologia.
Terapia de Florais – uso de essências florais para auxiliar no equilíbrio e harmonização do indivíduo.
O que o SUS já oferece
Ayurveda, homeopatia, medicina tradicional chinesa, medicina antroposófica, plantas medicinais/fitoterapia, arteterapia, biodança, dança circular, meditação, musicoterapia, naturopatia, osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa, termalismo social/crenoterapia e yoga.