O I Simpósio Municipal de Plantas Medicinais e Fitoterápicos aconteceu em Manaus no período de 9 a 11/08/17, o evento estava vinculado à III Semana Municipal de Plantas Medicinais e Fitoterápicos.
A abertura do simpósio foi no auditório Belarmino Lins, da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas. No discurso de abertura, Lucélia Sá Freire, subsecretária Municipal de Saúde de Manaus, defendeu a permanência de políticas públicas que garantam a produção e distribuição de plantas medicinais e fitoterápicos.
Participaram da mesa de abertura Kátia Torres, do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (DAF/SCTIE/MS); por Celso Paulo de Azevedo, pesquisador, Chefe Geral da Embrapa Amazônia Ocidental; Glauco Kruze Villas Bôas, Coordenador do Curso de Pós-graduação “Gestão da Inovação em Medicamentos da Biodiversidade Farmanguinhos-Fiocruz , coordenador do Sistema Nacional de Redes para a inovação em Medicamentos da Biodiversidade (RedesFito); por Débora Ohana, Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF/Ufam); Sérgio Luz, diretor do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia); e Lúbelia Sá Freire.
A primeira conferência do evento abordou o tema “Plantas Medicinais e Fitoterápicos: da tradição à ciência” destacando o histórico e a importância dos fitomedicamentos no Brasil e no mundo, propondo um novo modelo anti-hegemônico para a área de inovação. O modelo segue a partir de plantas medicinais incluindo a totalidade de espécie e genes contidos no ecossistema para o desenvolvimento, através das RedesFito, de medicamentos da biodiversidade amazônica.
Sérgio Luz ressaltou que o caminho para a produção de fitomedicamentos é longo, por este motivo é importante a formação de parcerias institucionais que possam ampliar à população brasileira o acesso seguro e o uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos. Além disso, o desenvolvimento dessa cadeia produtiva, pode promover o uso sustentável da biodiversidade regional.
O Simpósio teve como objetivo proporcionar a atualização de conhecimentos, com compartilhamento de saberes e valorização dos aspectos culturais locais, de forma a sensibilizar, informar e mobilizar a sociedade sobre as ações relacionadas às plantas medicinais e fitoterápicos, que estão sendo desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Saúde de Manaus (SEMSA). O Simpósio marca uma etapa do projeto da SEMSA de desenvolvimento de plantas medicinais e fitoterápicos de interesse do Sistema Único de Saúde (SUS).
No âmbito do SUS, essas ações buscam a promoção do uso de plantas medicinais e fitoterápicos, em consonância com as diretrizes da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPICS) e da Política Nacional e do Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PPNPMF).
Palestras e mesas de discussão
Nos dias 10 e 11/08 o evento prosseguiu no Auditório Samaúma, da Faculdade de Ciências Agrárias/UFAM.
No dia 10/8 aconteceram palestras sobre a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (Katia Torres- MS); mesa redonda sobre Medicina Tradicional (Juan Revilla- INPA, Justino Melchior- Kumo Etnia Tucano e Maria de Fátima Guedes - Educadora Popular) e ainda a apresentação do Projeto de Assistência Farmacêutica em Plantas Medicinais e Fitoterápicos no Município de Manaus (Mie Muroya- SEMSA, Francisco Célio Chaves-EMBRAPA e Fabrício Rolim-UFAM), que consta dos seguintes eixos: estruturação e funcionamento da Farmácia Viva, cultivo e coleta, beneficiamento, dispensação e capacitação.
Durante o dia 11 foram realizadas mesas redondas com os temas: Inovação em Fitomedicamentos e o trabalho em rede: o caso do portfólio de projetos de inovação em medicamentos da biodiversidade e potenciais na Amazônia (Fabiana Frickmann- RedesFito/Fiocruz e Sandra Zanotto-CBA); Desafios relacionados à regulação e à prescrição médica de plantas medicinais e fitoterápicos no Brasil (Fábio Markendorf- DVISA e Fernanda Guilhon-UFAM) e outra palestra pautada em Arranjos Produtivos Locais (APLs): agricultura e indústria no processo da inovação (Schubert Pinto- Pharmacos d'Amazônia).
As Comissões Organizadora e Científica foram compostas por representantes da Prefeitura Municipal de Manaus; da Secretaria Municipal de Saúde - SEMSA; da Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA; e da Universidade Federal do Amazonas - UFAM.