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Plantas frutíferas são uma nova esperança contra várias doenças
Plantas medicinais são utilizadas na medicina popular contra várias doenças como uma alternativa de menores custos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que entre 65% e 80% da população ainda utilizam plantas medicinais como fonte de cuidados básicos de saúde.
A prática é reforçada e a pesquisa na área avança uma vez que, de acordo com estimativas da Convenção da Diversidade Biológica, o Brasil contém entre 15 e 20% de toda a biodiversidade mundial, sendo considerada a maior do planeta em número de espécies exclusivas da região.
É o caso do bacopari boliviano (Garcinia achachairu), uma fruta comestível de origem boliviana, muito apreciada e produzida em solo catarinense, que pode ser uma nova esperança no combate ao câncer.
Pesquisadores do curso de farmácia e do programa de pós-graduação em Ciências Farmacêuticas da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), que estudam esta, entre outras espécies, em parceria com pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), divulgaram um artigo em que apontam que compostos isolados da planta demonstraram bons resultados in vitro contra várias linhagens celulares cancerígenas analisadas, especialmente em casos de próstata, mama e rim.
Testaram-se vários extratos de diferentes partes da planta e encontraram-se os melhores resultados com os galhos, sendo isoladas e identificadas duas substâncias raras da classe das xantonas que parecem ser as responsáveis pelo efeito biológico evidenciado. Contudo, ainda que os resultados sejam muito promissores, exige-se cautela em relação ao uso desta planta em humanos, em função da necessidade de estudos sobre os possíveis efeitos tóxicos.
A amora-do-mato (Rubus imperialis), conhecida ainda como amora-branca, amora rosa ou amora-brava, também está entre as plantas frutíferas que são alvo de pesquisas na Univali.
Na cultura popular, a espécie é usada pelas comunidades rurais para o tratamento de diabetes e para combater outras enfermidades, algumas relacionadas à dor.
Estudos farmacológicos têm mostrado que algumas espécies da mesma família produzem substâncias ativas que exercem atividade gastroprotetora, antioxidante, antitumoral, anti-inflamatória, antidiabética e anticonceptiva.
Foi verificado que esta espécie também foi efetiva em reduzir lesões gástricas em modelos de úlcera induzida por etanol em animais de laboratório, com melhores resultados do que alguns fármacos utilizados na clínica como o Omeprazol.
Referência:
Abstract: Revista de Vice- Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura da Univali. n.17. Dezembro, 2014.
Fonte: Jornal Zero Hora